quarta-feira, 30 de maio de 2012

ESPAÇO COLETIVO - Maria Emília Bottini


MENINA QUE ROUBAVA LIVROS
Maria Emília Bottini

Sempre gostei de estudar, de ler, de escrever,quando passava as férias nos meus tios em Aratiba (RS), levava comigo meu estojo com lápis e meus cadernos, assim fazia desenhos, escrevia, fazia tema e me investia de professora de mim [sic.].

Recordar é viver, quando pequena fomos à casa do nono Joachin e da nona Graciosa e nas incursões da vida encontrei alguns livrinhos do Topo Gigio, para quem não o conhece ele era um ratinho com orelhas bem grandes e lindinhas, criado na Itália em 1958, lá se vai o tempo. Voltando a crônica, esses livros estavam numa mala velha em uma prateleira, fui até lá afundando meus pés em um caixote de milho, abri, li e me apaixonei então os roubei, sim os roubei, levei para casa e os escondi debaixo do colchão, por alguns dias lá permaneceram em meu esconderijo secreto, como um tesouro escondido até minha mãe fazer limpeza e descobri-los e sob protesto me fez devolver ao meu tio, dono dos livros.

Uma das coisas que me preocupa na vida é onde crianças pobres encontrarão suas malas-tesouros? Suas casas são de assombrar, escolas vão na mesma linha e se pensar em como guardamos os livros, bibliotecas geralmente são “sobras” de espaços, como me relataram duas professoras contadoras de histórias acabaram ocupando uma banheiro abandonado para colocar os livros, talvez fosse essa mais uma história que estavam contando, mas lamentavelmente não era.

Como vamos ajudar as crianças a desenvolver o gosto pela leitura, o prazer de conhecer histórias, de viajar e se apropriar do conhecimento em banheiros abandonados?

Sabemos que as famílias pobres mal tem comida, quanto mais livros, isso é objeto de quinta categoria, a urgência está na fome do corpo.

Mas será que somente a fome física deve ser saciada? E as outras fomes? Quem vai saciar? Quem passa fome fica com as sobras, com o resto.

A mim parece que esta fome de conhecimento deveria ser incentivada da infância a velhice, e por falar nisto conheci uma lady, sim uma madame culta que no auge de seus 77 anos, mantêm há 30, um clube de leitura, onde são lidos doze livros ao ano. Veja que ideia encantadora, ler com e para amigos, deve ser mais encantador ainda.

Mas é uma pena que isto seja apenas para alguns poucos. Porque não incentivamos doações, troca de livros, empréstimos, compra com menor valor. Precisamos estimular para que todos consigam ler e interpretar o mundo ao seu modo. Esse talvez seja um dos motivos que Big Brothers façam tanto sucesso, porque a cultura, o conhecimento se constrói também com leitores, melhor com os leitores críticos e reflexivos de seus mundos mundanos.

Mas como fazer isso sem livros? E sem bibliotecas aconchegantes, onde os livros possam dormir e serem acordados por mãozinhas ávidas por saber o que escondem. Biblioteca sem livros são apenas prateleiras. Sou sonhadora, reconheço, mas se puder, leia e sonhe com dias melhores.
[1]Psicóloga, Terapeuta Comunitária, Professora Universitária, Mestre em Educação pela Universidade de Passo Fundo (UPF), Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade de Brasília (UnB). Assina a coluna Cine Emoção do Conselho Regional de Psicologia 1º região – DF.

terça-feira, 29 de maio de 2012

ESPAÇO DE FALA!!!!

A Terapia Comunitária como prática libertadora

Por em 24/05/2012
 
Entendemos a Terapia Comunitária como uma prática emancipadora, porque ela tende a libertar as pessoas da culpa e do preconceito, e também as empodera, fortalecendo a auto-confiança –como antídoto do medo eu conduz à violência—e a auto-estima.
Todos estes elementos da pessoa e do seu agir social, promovem um tipo de comportamento na família, nas relações inter-pessoais em sentido mais amplo, em que prevalece a inclusão, a aceitação do diferente, a colaboração, e a conotação positiva.
Neste contexto, criam-se horizontes de existência pessoal e coletiva esperançadores, uma vez que as pessoas e as comunidades podem projetar seu futuro traçando metas, ao invés de meramente existirem de maneira apática, anômica, desestimulada, alienada e alienante.
Estas enunciações são convalidadas pela prática, pela expansão das noções de si e do poder que cada um de nós é, e que começam a emergir quando você começa a se integrar nesta roda que é a Terapia Comunitária.
O que antigamente aprecia exclusivo de pequenos círculos, agora está à disposição de pessoas de todas as condições sociais, com uma efetividade que não deixa lugar a dúvidas. As pessoas rompem a auto-imagem de vítima, re-valorizando os recursos pessoais e culturais, redescobrindo perspectivas vitais animadoras, em substituição da passividade e da acomodação.
Uma das coisas que ocorrem a partir da inserção da pessoa na atividade da terapia Comunitária, é um progressivo retorno dela a si mesma.
Um progressivo e crescente vir a ser ela mesma quem ela é. Isto significa que de ser um ser para outro, ela passa a ser um ser para si, um ser em si. Ou seja, se antes definia a sua vida pelo cumprimento de expectativas alheias internalizadas, pelo cumprimento de deveres e obrigações, agora passa a definir seu ser e o seu agir, o sentido da sua vida e do seu tempo, do que faz ou deixa de fazer, em função de determinações e escolhas internas
E a principal destas escolhas é a de ser ela mesma, plena e feliz, independentemente de se isto for aceito ou aprovado por outras pessoas. Isto libera a pessoa da dependência, da expectativa da aceitação alheia como pré-requisito para ser feliz. Não significa que ela passará a viver sem parâmetros ou referências, sem limites, mas sim, que esta existência que ela passa a ter, agora é auto-determinada, determinada por ela mesma, por suas escolhas livres e responsáveis, e não por imposições alheias internalizadas no que Paulo Freire chama de “o opressor interno”.
No decorrer deste processo, que começa na formação como terapeuta comunitário ou na integração da pessoa a um grupo de Terapia Comunitária, começa a retornar a identidade coletiva, o pertencimento a um grupo, a referência coletiva, o apoio dos demais.
Este é um passo crucial na recuperação da identidade, na contramão da sociabilidade imposta pela sociedade capitalista, que opõe os semelhantes entre si, tornando-os inimigos e não co-operadores.
Nesta caminhada de recuperação da noção de si, de ser um ser para si e não um ser para outro ou um ser para outros, a pessoa vai resgatando a sua auto-estima, por vezes depois de muitos anos de esquecimento e auto-depreciação. Ela aprende (recorda) o valor que ela tem, por ter superado as provas e lutas da vida, valorizando a sua inserção num coletivo de que faz parte, orientado e sustentado por valores culturais positivos, por contraposição à pseudo-cultura das classes dominantes, que se espalha pelo conjunto da sociedade como força desagregdora (negativismo, culpabilização, discriminação, preconceito, desânimo, agressão, violência)
As idéias dominantes numa época são as idéias das classes dominantes, isto sabemos a partir de Karl Marx. E quando se fala em idéias, há que se entender modelos, formas de agir impostas ou sugeridas como boas e desejáveis para todos, embora não o sejam, embora possam ser, como são, germe de dissolução e de destruição do ser humano.
A recuperação da sociabilidade natural e positiva, genuinamente humana, pressupõe a des-alienação, a recuperação do ser em si para si. Isto se da no convívio com outras pessoas que apreendes a conhecer e a tratar como cooperadores e não inimigos.
Neles te reconheces como um semelhante-diferente, como alguém que embora tenha todas as diferenças possíveis e de fato constatáveis entre dois seres humanos, é ao mesmo tempo, alguém tão semelhante, tão parecido, tão essencialmente igual no sentido de ter passado e estar passando por circunstâncias tão essencialmente iguais embora diferentes na aparência ou nos detalhes.
Este processo de resgate da identidade na sua semelhança-dessemelhante, recria a identidade grupal ou coletiva, comunitária, sobre novas bases ou, como costumo dizer, sobre bases olvidadas reencontradas.

domingo, 27 de maio de 2012

CURSO PARA FORMADORES EM TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA - 2012


Programa

  • Cerimônia de acolhimento com lanche festivo: que bom, você veio!
  • A dimensão humana do formador em Terapia Comunitária Integrativa (TCI) e o seu papel como facilitador: alcances, limites e implicações éticas.
  • O planejamento, execução e apreciação dos módulos e intervisões da formação em TCI: como organizar uma formação?
  • A articulação técnica e a integração entre os facilitadores na construção de um projeto comum - os desafios de uma equipe saudável: a TCI e o Método do Paidéia colaborando.
  • Os recursos da educação a distancia no acompanhamento da prática das rodas de TCI: ampliando as possibilidades de conhecimento.
  • A construção de material pedagógico para o desenvolvimento da Formação em Terapia Comunitária Integrativa: inovar é preciso!
  • As tarjetas como estratégias para a apreciação das rodas: a mudança não se dá de uma vez, mas por aproximações sucessivas.
  • O documento declaração afetiva após cada etapa da formação: um banho de motivação na formação.
  • A roleta da restituição, mote, problematização, provérbios e histórias cantadas: exercícios práticos para trabalhar as etapas da Terapia Comunitária Integrativa.
  • Os princípios da escola de supervisores clínico-institucional da rede de atenção psicossocial: fortalecendo parcerias e o intercambio de experiências.
  • Um toque sobre a relevância da linguagem de sinais na formação e na pratica das rodas e mais, populações do campo e floresta, em situação de rua, negra, LGBT, cigana e de complexos industriais: ampliar a inclusão social - vamos fortalecer essa ideia?
  • Roda de Terapia Comunitária Integrativa: transpirando e aprendendo
  • Vivências terapêuticas: cuidando de si para cuidar do outro. Novidade: A loja de experiências
  • O desenvolvimento da formação em TCI na Europa: semelhanças e diferenças da formação brasileira
  • Comunidades de Prática: o que é? E qual a sua utilidade para a formação em TCI?

Carga Horária: 40h/a

Facilitadoras

Miriam Barreto
Henriqueta Camarotti

Apoio Organizacional

Raquel Abreu
Helenice Bastos

Convidados Especiais Confirmados

Adalberto Barreto – Criador da TCI
Carolina Aires – Técnica da Escola de Saúde Pública do Ceará
Eveline Nunes – Assessora Técnica do Núcleo de Atenção à Saúde Mental do Ceará
Ricardo Rodari – Formador em TCI e Integrante da Associação Europeia de Terapia Comunitária Integrativa

Convidados Especiais A Confirmar

Dra. Fátima Elias – Coordenadora do Centro de Educação Permanente em Atenção à Saúde/ESP
Dr. Jackson Sampaio – Universidade Estadual do Ceará

Investimento

ApartamentoDuploTriploQuad.
Com VentiladorR$1.450.00
Por Pessoa
R$1.315.00
Por Pessoa
R$1.180.00
Por Pessoa
Com Ar Condicionado-R$1.580.00
Por Pessoa
R$ 1.500.00
Por Pessoa

Pagamento

21/05 a 30/0601/07 a 31/0701/08 a 03/08
À vista: 10% descontoÀ vista: 5% descontoÀ vista: Integral
Parcelado: 1+3
(maio-junho-julho-agost-set)
Parcelado: 1+2
(julho-agost-set)
Parcelado: 1+1
com acréscimo de 10%
(agost-set)

O investimento inclui:

  • Certificado
  • Translado Coletivo (Ida e Volta)
  • Hospedagem
  • Alimentação: café da manhã, almoço, jantar e lanches (manhã e tarde)
  • 1 Massagem Anti Estresse
  • Pasta
  • Crachá
  • Bloco de anotações
  • Caneta
  • Material Pedagógico do Curso
  • Noite de Confraternização com forro pé de serra

Informações e Inscrições

Raquel Abreu

Telefone: (85) 99873210
E-mail: raquelasc@yahoo.com.br

Helenice Bastos

Telefone: (61) 92748908
E-mail: helenicebastos@gmail.com

Translado

03/08/12Fortaleza (Aeroporto Pinto Martins)
Morro Branco (Pousada Ocas do Índio)
14h30m
07/08/12Morro Branco (Pousada Ocas do Índio)
Fortaleza (Aeroporto Pinto Martins)
12h
após Almoço

Observações

  1. A conta para depósito: Banco do Brasil – C/C: 11827-3 Agência: 3515-7 Ocas do Índio LTDA
  2. Após realizar o depósito, é necessário enviar o comprovante para o e-mail raquelasc@yahoo.com.br e confirmar recebimento através do fone: (85) 99873210. Não aceitamos comprovante de depósito em envelopes no caixa rápido.
  3. Nenhum desconto será concedido em caso de chegar depois do início do curso ou de saídas antecipadas.
  4. Este curso poderá ser prorrogado caso não atinja o número desejado de participantes.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

CURSO PARA FORMADORES EM TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA

Movimento Integrado de Saúde Mental Comunitária do Ceará
Centro de Estudos e Pesquisas da Família e da Comunidade – Ceará
Movimento Integrado de Saúde Mental Comunitária do Distrito Federal

PROMOVEM:

CURSO PARA FORMADORES EM TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA
3 a 7 de agosto/2012
Ocas do Índio – Morro Branco/Ceará

Você que deseja INICIAR, APERFEIÇOAR E/OU RECICLAR SUA PRÁTICA COMO FORMADOR EM TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA DURANTE OS MÓDULOS E/OU INTERVISÕES, registre na sua agenda este curso.

Programa:

·              Cerimônia       de acolhimento com lanche festivo: que       bom, você veio!
·              A dimensão humana do formador em Terapia Comunitária Integrativa (TCI) e o seu papel como facilitador: alcances,limites e implicações éticas.
·              O planejamento, execução e apreciação dos módulos e intervições da formação em TCI:       como organizar uma formação?
·              A articulação técnica e a integração entre os facilitadores na construção de um projeto       comum - os desafios de um equipe saudável: a TCI e o Método do Paidéia colaborando.
·              Os recursos da educação a distancia no acompanhamento da prática das rodas de TCI:       ampliando as possibilidades de conhecimento.      
·              A construção de material pedagógico para o desenvolvimento da Formação em Terapia       Comunitária Integrativa: inovar é preciso!
·              As tarjetas como estratégias para a apreciação das rodas: a mudança não se dá de uma vez, mas por aproximações sucessivas.
·              O documento declaração afetiva após cada etapa da formação: um banho de motivação na formação.
·              A roleta da restituição, mote, problematização, provérbios e histórias cantadas:       exercícios práticos para trabalhar as etapas da Terapia Comunitária Integrativa
·              Os princípios da escola de supervisores clínico-institucional da rede de atenção  psicossocial: fortalecendo parcerias e o intercambio de experiências.
·              Um toque sobre a relevância da linguagem de sinais na formação e na pratica das rodas e       mais, populações do campo e floresta, em situação de rua, negra, LGBT, cigana e de complexos industriais:ampliar a inclusão social - vamos fortalecer essa ideia?
·              Roda de Terapia Comunitária Integrativa: transpirando e aprendendo
·             Vivências terapêuticas: cuidando de si para cuidar do outro. Novidade: A loja de experiências
·              O desenvolvimento da formação em TCI na Europa: semelhanças e diferenças da formação  brasileira
·              Comunidades de Prática: o que é? E qual a sua utilidade para a formação em TCI?

Carga Horária:40h/a

 Facilitadoras:
                                                                        
Apoio organizacional:

Convidados especiais:

 Investimento:

Apto com ventilador:

Duplo: R$1.450.00 - Por Pessoa

Triplo: R$1.315.00 - Por  Pessoa

Quadruplo:R$1.180.00 - Por Pessoa

Apto com ar condicionado

Triplo: R$1.580.00 - Por Pessoa

Quadruplo: R$ 1.500.00 - Por Pessoa

O investimento inclui: certificado, translado coletivo (Ida e Volta), hospedagem e alimentação (café da manhã, almoço e jantar), lanche (manhã e Tarde), 1 massagem anti estresse, pasta, crachá, bloco de anotações, caneta, material pedagógico do curso e noite de confraternização com forro pé de  serra.

Informações e Inscrições:

Raquel Abreu: (85) 99873210 /e-mail: raquelasc@yahoo.com.br
Helenice Bastos: (61) 92748908 / e-mail: helenicebastos@gmail.com

Translado:

3/8/12 -  Fortaleza (Aeroporto Pinto Martins) - Morro Branco (Pousada Ocas do Índio)  - 14h30m

7/8/12 - Morro Branco (Pousada Ocas do Índio) - Fortaleza (Aeroporto Pinto Martins) - 12h  após        almoço

 Observações:

1- A conta para deposito: Banco do Brasil – C/C: 11827-3  Agencia:3515-7  Ocas do Índio LTDA
2-Após realizar o deposito, é necessário enviar o comprovante para o e-mail: raquelasc@yahoo.com.br e confirmar recebimento através do fone: (85) 99873210. Não aceitamos       comprovante de deposito em envelopes no caixa rápido.      
3- Nenhum desconto será concedido em caso de chegar depois do inicio do curso ou de saídas       antecipadas.
4- Este curso poderá ser prorrogado caso não atinja o número desejado de participantes.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

ESPAÇO COLETIVO -

Secretaria da Mulher participa de evento em comemoração ao Dia da África
18 artesãs organizadas por meio do Programa Rede Mulher irão expor seus produtos no Bazar África, na Embaixada do Egito
Por Carol Sales

Postar com a matéria sobre o evento ÁfricaNo mês de maio é celebrado o Dia da África (25), festejado por povos de todo o mundo em nome da liberdade, da independência e da emancipação. No Distrito Federal, a comemoração é organizada pelo Grupo de Cônjuges dos Embaixadores da África no Brasil e contou com um jantar e uma caminhada e, para encerrar, será realizado um bazar.

As atividades têm por objetivo promover o intercâmbio cultural entre os países africanos e o Brasil e arrecadar fundos para organizações sociais que atuam junto a grupos de mulheres em situação de vulnerabilidade social no Distrito Federal.

A Secretaria de Estado da Mulher é uma das apoiadoras das homenagens desenvolvidas pelo grupo. Por isso, levará para o "Bazar África", a ser realizado no próximo sábado, 19, a partir das 10h, um grupo de 18 artesãs organizadas a partir do Programa Rede Mulher Artesã, cujo objetivo é articular e propor políticas públicas e efetivar ações destinadas à valorização, aperfeiçoamento produtivo e ampliação das oportunidades de divulgação e comercialização dos produtos das artesãs. O evento acontecerá na Embaixada da República Árabe do Egito (Avenida das Nações, Lote 12). A entrada custa R$ 5 (adultos) e R$ 2 (crianças).

"Grande parte da nossa cultura nos foi legada pelos povos africanos e temos uma agenda comum no que diz respeito à superação de todas as formas de desigualdade social; temos que trabalhar em conjunto", afirma a secretária Olgamir Amancia Ferreira.

Entre outros trabalhos, as artesãs trabalham com diversas técnicas, como tecelagem, crochê, bordado, patchwork e reciclagem artística. Irão expor produtos como bolsas bordadas; sapatinhos e roupas de bebê; quadros pintados à boca pela artista plástica e poeta Eva Leite; luminárias em PVC; caixas em MDF; flores e arranjos em EVA; colchas e conjuntos para banheiro; crochês; bonecas e bijuterias. A programação do bazar ainda inclui apresentação de dança, sorteio de brindes e tambola.

Serviço:
O que: Bazar África
Quando: 19 de maio, das 10h às 17h
Onde: Embaixada da República Árabe do Egito (Avenida das Nações, Lote 12)
Entrada: R$ 5 (adultos) e R$ 2 (crianças)
Informações: Suzanne Gomis (61 3223.6110)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A SEMANA DA LUTA ANTIMANICOMIAL na Universidade de Brasília

O Instituto de Psicologia da UNB, CAEP e o Laboratório de Psiquiatria da Faculdade de Medicina convidam para os
eventos que serão promovidos nos dias 14 a 18 de Maio.
Serão debates, palestras, seminário e o Grupo Personna estará lá representado no “Cine Personna” onde, sob direção das professoras Elisa Costa e Karen Geisel acontecerá um debate sobre o filme “Precisamos Falar sobre Kevin”
Quer acompanhar a programação e saber locais e horários? Clique aqui

Dr. Ileno Izídio da Costa
Coordenador de Extensão do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília.
Professor Adjunto do Departamento de Psicologia Clínica, Coordenador do Centro de Atendimento e Estudos Psicológicos (CAEP, 2001-2010), do Grupo Personna (Estudos e pesquisas sobre violência, criminalidade e perversão) e do Grupo de Intervenção Precoce nas Psicoses (GIPSI): + 55 (61) 3107.6954 (UnB) (University of Brasilia) / 9981.3287 (Mobile).
Presidente da Associação de Saúde Mental do Cerrado - ASCER.

1º Seminário Regional de Saúde Mental Indígena

IMAGEM:

1º Seminário Regional de Saúde Mental Indígena

No dia 24 de maio de 2012, o Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal, por meio da sua Comissão de Saúde, irá realizar o “1º Seminário Regional de Saúde Mental Indígena", das 8:00h às 18h, no IESB.

 As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone 33284660 ramal 406 ou pelo email anna.beatriz@crp-01.org.br -
Falar com Anna Beatriz.
 * Enviar nome completo, CRP e telefone.

Serviço:
Data: 24/05/2012
Horário: 08:00 às 18:00
Local: IESB - SGAS 613 Conjunto G L2 Sul - Auditório BB1 - (Bloco B Piso B Laboratório 1 - 1º andar)

PROGRAMAÇÃO

MANHÃ
Coffee break – 8h

I – PANORAMA GERAL DA SAÚDE MENTAL INDÍGENA
 8h30 – CRP-01 – Presidente do CRP-01, Carla Maria e Presidente da Comissão de Saúde e coordenadora do evento, Izanilde Souza
 9h às 9h30 – SESAI – Lucas da Silva Nóbrega - Psicólogo
 9h30 às 10h – FUNAI – Liliane Cunha Souza - Antropóloga
 10h às 10h30 – CRP-06 – Luiz Eduardo V. Berni – Conselheiro do CRP-06 e Coordenador do GT Psicologia e Povos Indígenas.

II – INTERCULTURALIDADE NA SAÚDE MENTAL INDÍGENA
 10h30 às 11h – Marianna Queiróz – Psicóloga
 11h às 11h30 – Luciana Ouriques – Antropóloga
 11h30 às 12h - Debate
12h – Almoço

TARDE

III – A PRÁTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO NO CONTEXTO INDÍGENA
 14h às 15h - Painel – Mariana Vaz Tassi, Cintia Gomes de Sá, Maristela Sousa Torres, Eduardo Soares Nunes, Lucas Nóbrega e Camila Mariana Mesquita
 15h às 15h30 – Debate
15h30 às 16h– Coffee Break

IV – PREVENÇÃO AO SUICÍDIO EM CONTEXTO INDÍGENA E NÃO INDÍGENA
 16h às 16h45 – Walter Martins – Psicólogo Indígena
 16h45 às 17h30 – Marcelo Tavares – Psicólogo
 17h30 às 18h - Debate
 18h - Encerramento

sábado, 12 de maio de 2012

CDC - OCAS DO INDIO - MORRO BRANCO - FORTALEZA/CE - 06 E 07 DE MAIO DE 2012

rolando lazarte

Tentavas trazer o clima vivido nesses dias. O reencontro com as companheiras e companheiros. O sarau literário e poético-musical, aquela noite de lua. As paisagens na ida e na volta. As luzes nas cidades, o zumbido do ônibus varando a noite. Essa sensação ímpar, de saber que somente ali, na teia da Terapia Comunitária, podes ser tu mesmo. Uma sensação ímpar. Só ali posso ser eu mesmo. Só ali sou eu mesmo. Só ali não tenho que vestir uma farda.
Lembravas dos pavões se pavoneando pelos jardins da pousada das Ocas do Indio, esgravatando a terra no meio do verde da grama e das flores. As companheiras e companheiros vindos de lugares tão distantes do Brasil. E tu ali, como tantas e tantos tecedores da teia. A dança do nó. Os poemas recitados. A encenação que te trouxera tantas alegrias. Voltarias a esses dias, te envolverias nessa recordação doce de pertencer a um exército de paz, a uma legião de formiguinhas, como dizia Dom Fragoso, que sem barulho nem estardalhaço, constroem um mundo melhor a cada instante, no lugar em que se encontram.
 
_______________________________________________
Rolando Lazarte, sociólogo, terapeuta comunitário, escritor. Primeiro Diretor de Comunicação Social da ABRATECOM-Associação Brasileira de Terapia Comunitária. Membro do MISC-PB. Acesse os blogs http://rolandolazarte.blogspot.com/ e http://rolandolazarterapeutacomunitario.blogspot.com

 

TRE - Tension Releasing Exercises


Olá amig@s!
O  CENTRAR estará oferecendo um workshop introdutório de TRE nos dias 16 e 17 de junho.
Este workshop é pré-requisito para pessoas interessadas em ingressar na formação e que não puderam participar do primeiro módulo dias 14 e 15 de abril.
As outras datas dos encontros de formação serão:  14 e 15 de julho (com Dr. David Berceli), 29 e 30 de setembro e 24 e 25 de novembro.
Haverá também algumas vagas para pessoas que queiram particpar somente do workshop.
Em anexo, o folder da formação.  Para mais informações, entre em contato!
Conto com o apoio na divulgação do evento.
Att.
Valéria Erichsen

quarta-feira, 9 de maio de 2012

ESPAÇO COLETIVO - Os Medicamentos Psiquiátricos interferem no Desenvolvimento da Consciência? Eckhart Tolle fala de Ramana

Eckhart Tolle escreveu “O Poder do Agora”, que nos ensina a importância de viver no Agora, no Eterno Presente, o poder do momento presente em nossa vida.
Quando saimos do tempo do relógio ou do tempo psicológico e vivemos com atenção no presente

http://www.youtube.com/watch?v=HAgPKP177Cc&feature=related


Texto sobre o Autor

Eckhart Tolle nasceu na Alemanha, onde viveu até aos treze anos de idade.
Depois de se licenciar pela Universidade de Londres, trabalhou como investigador e supervisor na Universidade de Cambridge.
Aos vinte e nove anos, uma profunda transformação espiritual levou-o a mudar radicalmente a sua maneira de encarar e viver a sua vida. Nos anos que se seguiram, dedicou-se por inteiro a compreender melhor e viver mais profundamente esta transformação, que marcou o início de uma intensa jornada interior.
Como testemunho desta experiência, escreveu O Poder do Agora, que rapidamente se tornou um best-seller a nível mundial. O livro que se lhe seguiu, A  Prática do Poder do Agora, conheceu também um grande sucesso de vendas.
Eckhart Tolle não está filiado em qualquer religião ou tradição espiritual.
Através do seu ensino, tenta transmitir a mensagem profunda, simples e intemporal que os grandes mestres sempre tentaram transmitir: é possível acabar com o sofrimento e alcançar a paz.
Dedica-se agora a viajar e a ensinar por todo o mundo.
Para obter mais informações, contato 

Introdução:

Não me interesso muito pelo passado e raramente penso nele; no entanto, gostaria de lhe falar sucintamente sobre como me tornei mestre espiritual e como este livro veio a lume.
Até aos meus trinta anos, vivi num estado de quase permanente ansiedade intercalada por períodos de depressão suicida. Presentemente, é como se lhe estivesse a falar de uma vida passada ou da vida de uma outra pessoa.
Uma noite, pouco depois de ter feito vinte e nove anos, acordei de madrugada com uma sensação de absoluto terror. Já anteriormente tinha acordado muitas vezes com uma sensação semelhante, só que desta vez era muito mais intensa. O silêncio da noite, os vagos contornos dos móveis na escuridão do quarto, o ruído distante de um comboio — tudo parecia tão estranho, tão hostil e tão completamente sem sentido que gerou em mim um profundo ódio pelo mundo. A coisa mais repugnante de todas, no entanto, era a minha própria existência. Que razão tinha eu para continuar a viver com este fardo de infelicidade? Porquê continuar com esta luta constante? Sentia que um profundo anseio pela aniquilação, pela não-existência, estava agora a tornar-se muito mais forte do que o desejo instintivo de continuar a viver. "Não posso continuar a viver comigo mesmo." Era este o pensamento que se repetia na minha mente. Depois, de repente, dei-me conta da peculiaridade de tal pensamento. "Serei um ou dois? Se não posso continuar a viver comigo, é porque em mim deve haver dois: o 'eu' e o 'comigo mesmo' com o qual não posso viver." "Talvez", pensei, "apenas um deles seja real."
Fiquei tão desorientado com esta estranha descoberta que a minha mente parou. Eu estava plenamente consciente, mas deixou de haver pensamentos. Depois, senti-me arrastado para o que me pareceu um vórtice de energia. Era um movimento lento ao princípio e, depois, acelerado. Fui tomado por um medo intenso e o meu corpo começou a tremer.
Ouvi as palavras "não resistas a nada", como se ditas dentro do meu peito. Sentia-me como que a ser sugado para dentro de um vazio. Mas era como se esse vazio fosse mais dentro de mim do que fora de mim. De repente, não havia mais medo e deixei-me cair nesse vazio. Não me recordo do que aconteceu depois disso.
Acordei com um pássaro a chilrear da parte de fora da janela. Nunca antes ouvira um som assim.
De olhos ainda fechados, vi a imagem de um diamante precioso. Sim, se um diamante pudesse emitir um som, seria como aquele. Abri os olhos. A luz da manhã projectava alguns raios através das cortinas. Sem qualquer pensamento, eu sentia, eu sabia, que há infinitamente mais luz do que julgamos. A suave luminosidade coada pelas cortinas era o próprio amor. Vieram-me lágrimas aos olhos. Levantei-me e andei pelo quarto. Reconhecia o quarto e, no entanto, sabia que verdadeiramente nunca o vira antes. Tudo era fresco e imaculado, como se acabasse de ter sido criado. Peguei em várias coisas, um lápis, uma garrafa vazia, maravilhado com a beleza e a vivacidade de tudo aquilo.
Naquele dia, percorri a cidade completamente estupefacto com o milagre da vida na  Terra, exactamente como se eu acabasse de vir a este mundo.
Nos cinco meses que se seguiram, vivi ininterruptamente num estado de paz e contentamento profundos. Depois, esse estado diminuiu de intensidade, ou talvez assim me parecesse por se ter tornado o meu estado habitual. Continuava a poder funcionar neste mundo, embora compreendesse que nada do que pudesse fazer acrescentaria fosse o que fosse àquilo que eu já possuía.
Sabia, evidentemente, que algo de profundamente significativo me tinha acontecido, mas não compreendia de todo o que seria. Só alguns anos mais tarde, depois de ter lido textos espirituais e passado algum tempo com mestres espirituais, é que compreendi que aquilo que toda a gente procura já me tinha acontecido a mim.
Compreendi que a intensa pressão do sofrimento daquela noite deve ter forçado a minha consciência a retirar-se da sua identificação com o eu infeliz e profundamente medroso, que não passa, no fim de contas, de uma ficção da mente.
A retirada deve ter sido tão completa que o eu falso e sofredor sucumbiu de imediato, exactamente como se fosse um balão ao qual tivessem retirado o ar. O que restou depois foi a minha verdadeira natureza, a de um Eu sou sempre presente: a consciência no seu estado puro antes da identificação com a forma. Mais tarde, aprendi também a entrar naquele reino interior, intemporal e imortal, que eu percebera inicialmente como um vazio, e a continuar plenamente consciente.
Vivi estados de uma beatitude e de um carácter sagrado tão indescritíveis que faziam até mesmo a experiência inicial, que acabei de descrever, parecer insignificante. Houve uma época em que, por algum tempo, fiquei sem nada no plano físico. Não tinha relacionamentos, nem emprego, nem casa, nem uma identidade socialmente definida. Passei quase dois anos sentado em bancos de jardim num estado de intensa alegria.
Mas mesmo as mais belas experiências acontecem e passam. Provavelmente, mais fundamental do que qualquer experiência é o sentimento profundo de paz que desde então nunca mais me deixou. Por vezes, é muito forte, quase palpável, e os outros também o podem sentir. Outras vezes, fica algures em plano de fundo, como uma melodia distante.
Mais tarde, as pessoas vinham ocasionalmente ter comigo e diziam: "Quero isso que você possui. Pode dar-mo, ou mostrar-me como obtê-lo?" E eu respondia: "Você já o possui. Só que não o consegue sentir porque a sua mente faz muito barulho." Foi essa resposta que, mais tarde, se transformou no livro que o leitor tem agora nas suas mãos.
Sem me ter dado conta, voltara a ter uma identidade externa. Tornara-me um mestre espiritual.
Este livro representa a essência, tanto quanto a consigo exprimir por palavras, do trabalho que realizei nos últimos dez anos com indivíduos e com pequenos grupos de investigadores espirituais, na Europa e na América do Norte.
É com profundo amor e apreço que gostaria de agradecer a essas pessoas excepcionais pela sua coragem, pelo seu desejo de levar a cabo mudanças interiores, pelas suas perguntas estimulantes e pelo seu desejo de ouvir. Sem elas, este livro não existiria.
Fazem parte do que é, por enquanto, uma pequena, mas felizmente crescente minoria de pioneiros espirituais: pessoas que estão a chegar a um ponto em que são capazes de abandonar o padrão de pensamentos colectivamente herdado que, há eternidades, mantém os seres humanos escravos do sofrimento.
Tenho esperança de que este livro vá ao encontro dos que estão prontos para uma transformação radical e profunda semelhante, agindo assim como seu catalisador. Também espero que chegue a muitos outros que achem o seu conteúdo digno de consideração, embora possam não estar prontos para o viverem ou praticarem plenamente. É possível que um dia, mais tarde, a semente que foi lançada ao lerem o livro se funda com a semente da iluminação, que, cada ser humano transporta dentro de si, e que de repente essa semente germine e viva dentro deles.
O livro na sua presente forma teve origem em respostas a perguntas feitas por indivíduos, muitas vezes espontaneamente, durante seminários, aulas de meditação e sessões privadas de aconselhamento, e por essa razão mantive o formato de perguntas e respostas. Nessas aulas e sessões aprendi e recebi tanto quanto os que perguntavam. Escrevi algumas das perguntas e das respostas quase textualmente.
Outras são genéricas, ou seja, combinei determinados tipos de perguntas mais frequentes numa só, e extraí a essência de diferentes respostas para formar uma resposta geral. Por vezes, no processo da escrita, surgia-me uma nova resposta, mais profunda e penetrante do que as que algum dia pronunciei. Algumas perguntas adicionais foram colocadas pelo editor, com o objectivo de esclarecer determinados pontos.
Verá que desde a primeira à última página, os diálogos alternam continuamente entre dois níveis diferentes. Num nível, chamo a sua atenção para o que há de falso em si. Falo da natureza da inconsciência e da disfunção humanas, assim como das suas manifestações comportamentais mais comuns, desde os conflitos nos relacionamentos até às guerras entre tribos e nações.
Esse conhecimento é vital, pois a menos que aprenda a reconhecer o falso como falso – e não como o cerne da sua identidade – não poderá haver transformação duradoira, e acabaria sempre por ser arrastado de volta à ilusão e a uma certa forma de dor. Neste nível, também mostro como não transformar o que há de falso em si num eu e num problema pessoal, pois é assim que o falso se perpetua.
Num outro nível, falo de uma profunda transformação da consciência humana – não como uma possibilidade futura e distante, mas como algo que está já ao nosso alcance –, seja você quem for e esteja onde estiver. É-lhe mostrado como se libertar da escravidão da mente, como entrar nesse estado iluminado de consciência e mantê-lo na vida do dia-a-dia.
Neste nível do livro, as palavras nem sempre se preocupam em dar informação, mas são muitas vezes destinadas a atraí-lo, enquanto 1ê, para essa nova consciência. Estou constantemente a fazer todos os esforços para o levar comigo para dentro desse estado intemporal de intensa presença consciente no Agora, a fim de lhe proporcionar um sabor da iluminação.
Até você ser capaz de ter a experiência do que lhe estou a dizer, é provável que ache essas passagens um tanto ou quanto repetitivas. No entanto, assim que for capaz de o fazer, estou certo de que compreenderá que essas passagens contêm uma enorme quantidade de força espiritual e poderão tornar-se para si nas partes mais compensadoras do livro. Além disso, uma vez que cada pessoa transporta dentro de si a semente da iluminação, é frequente dirigir-me ao sábio que há dentro de si e que reside por trás do pensador, ao seu eu mais profundo que prontamente reconhece a verdade espiritual, entra em ressonância com ela e tira força dela.
O símbolo de pausa depois de algumas passagens é uma sugestão para parar de ler por alguns instantes, ficar quieto, sentir e reconhecer a verdade do que acaba de ser dito. Poderá haver outras passagens no texto em que você o fará natural e espontaneamente.
Ao princípio, quando começar a ler o livro, é provável que o sentido de certas palavras, como por exemplo "Ser" ou "presença", não seja totalmente claro para si. Continue simplesmente a ler. Poder-lhe-ão ocorrer, pontualmente, perguntas ou objecções. Provavelmente, encontrará as respostas mais à frente, no próprio livro, ou então talvez se tornem irrelevantes à medida que entrar mais a fundo no ensinamento – e em si próprio.
Não leia unicamente com a mente. Enquanto lê, fique atento a qualquer reacção emocional e a qualquer sensação de reconhecimento vinda do fundo de si mesmo.
Não lhe posso falar de nenhuma verdade espiritual que você não conheça já no seu íntimo. Tudo o que posso fazer é ajudá-lo a recordar aquilo de que se esqueceu. Depois, o conhecimento vivo, antigo e no entanto sempre novo, é activado e libertado do interior de cada uma das células do seu corpo.
A mente está sempre a querer categorizar e comparar, mas este livro ser-lhe-á mais útil se não tentar comparar a sua terminologia com a de outros ensinamentos; de outro modo, poderia ficar confuso. A maneira como utilizo determinadas palavras, como por exemplo, "mente", "felicidade" e "consciência", não corresponde necessariamente às mesmas palavras em outros ensinamentos. Não se agarre a essas palavras. Não passam de partes de um percurso, que devem ser transpostas o mais rapidamente possível.
Quando, ocasionalmente, cito palavras de Jesus ou de Buda, de A Course in Miracles, ou de quaisquer outros ensinamentos, faço-o não para comparar, mas para chamar a sua atenção para o facto de que, essencialmente, há e sempre houve apenas um ensinamento espiritual, embora assuma muitas formas. Algumas dessas formas, tais como as antigas religiões, foram tão sobrecarregadas com matérias estranhas que a sua essência espiritual foi praticamente apagada.
Até certo ponto, por conseguinte, o seu significado mais profundo deixou de ser reconhecível e perdeu-se o seu poder de transformação. Quando faço citações de religiões antigas ou de quaisquer outros ensinamentos, faço-o para revelar o seu sentido mais profundo e assim restaurar o seu poder transformador — particularmente para aqueles leitores que seguem essas religiões ou ensinamentos.
A esses, eu digo-lhes: não é preciso irem procurar a verdade a outro sítio. Deixem que eu lhes mostre como chegar mais profundamente ao que já possuem.
Acima de tudo, no entanto, procurei utilizar uma terminologia tanto quanto possível neutra, a fim de alcançar um vasto leque de pessoas. Este livro pode ser visto como uma reafirmação para o nosso tempo de um ensinamento espiritual único e intemporal, a essência de todas as religiões. Não deriva de quaisquer fontes externas, mas sim da única e verdadeira Fonte interior, pelo que não contém nenhuma teoria ou especulação.
Falo por experiência mais profunda e se, por vezes, falo de uma maneira muito frontal é para atravessar as espessas camadas de resistência mental e atingir aquele local dentro de si em que já sabe, tal como eu sei, e onde a verdade é reconhecida quando é ouvida.
Haverá então um sentimento de exaltação e vivacidade mais elevado, quando alguma coisa dentro de si lhe disser: "Sim. Eu sei que isso é verdade."
fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABkOIAA/tolle-eckhart-poder-agora