segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

RODA DE CONVERSA SOBRE SUICÍDIO E AUTOMUTILAÇÃO

 
A cada 3 segundos uma pessoa no mundo tenta se matar, ajude a salvar uma vida, compartilhando. Venha participar da Roda de Conversa partilharemos informações e experiências  que geram novas ideias com relação à forma de enfrentar os problemas
 
PARERIA:
 
- INSTITUTO MULTIRESILIÊNCIA PSICOLOGIA E SAÚDE

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

OFICINA DE AUTOCUIDADO E BEM ESTAR - técnicas de fortalecimento da Autoestima

 
OFICINA DE AUTOCUIDADO E BEM ESTAR - técnicas de fortalecimento da Autoestima

"Todo sofrimento é uma construção humana.
De fato, compreender que cada um de nós detém a chave do seu sucesso e de seu fracasso é um importante passo para nos livrarmos de um sentimento de impotência diante de acontecimentos produtores de sofrimento.
Esse sentimento de impotência provém do fato de não compreendermos o que está acontecendo e por isso passarmos a ter medo de tudo e de todos. Isolamo-nos e ficamos bloqueados porque não dispomos de elementos que nos permitem pensar, refletir: única maneira de encontrar a saída. A autoestima é a chave que nos possibilita sair dessas situações, aparentemente sem solução.
Ela é a chave de nossa felicidade ou infelicidade. Ela encoraja ou desencoraja nossos pensamentos e sentimentos.
A autoestima nos conduz à felicidade. São utilizados conceitos simples que permitem às pessoas usá-los numa perspectiva de autoconhecimento e superação dos bloqueios e entraves ligados a interiorizarão da incapacidade e da descrença em si mesmo.

Essas técnicas vêm permitindo às pessoas:

- Compreender que toda exclusão é auto exclusão, todo abandono é autoabandono;
- corresponsabilidade;
- Estar mais atentas (ser mais conscientes);
- Estimular o crescimento e a transformação não só do ponto de vista individual como o de grupos sociais;
- Reforçar no outro tudo que tem de belo, de positivo e de admirável, para que ele volte a acreditar em si" - 


Adalberto Barreto - criador da Terapia Comunitária Integrativa (TCI)


Facilitadoras: Ana Cristina Nogueira de Mello - Helenice Figueiredo e Mirna Almeida
Entre em contato pelo e-mail: teia.conexoes.sustentaveis@gmail.com
Telefone (whatsapp) - 99274-8908

terça-feira, 16 de outubro de 2018

MOVIMENTO E TRANSFORMAÇÃO - PROCESSO TERAPÊUTICO DE AUTODESCOBERTA

 


Movimento e Transformação é um processo terapêutico para a autodescoberta que através de profundas reflexões o leva a se conhecer mais e a identificar as fontes de seus sofrimentos, assim você poderá encontrar meios para lidar melhor com eles e ressignificá-los.
Utilizaremos diversas técnicas para lhe auxiliar a transformar alguns padrões de comportamento, fortalecer sua *autoestima*, entrar em contato com sua energia vital, perceber suas melhores competências.
Venha participar deste movimento e desperte uma nova consciência de si mesmo e um novo olhar para suas relações!!!
 
 
Venha cuidar de si e descubra novos caminhos para sua realização. 
O autoconhecimento proporciona mudanças de perspectivas e de rumo de vida para um maior bem-estar. 
 
Serão 06 encontros: 
- DIAS: 06, 13, 20 e 27 de NOVEMBRO e 04 e 11 de DEZEMBRO - 2018
Sempre as terças-feiras de 19:00 às 21:00h
LOCAL: Espaço Áster - Quadra Central - Ed. Poly Center sala 113 - SOBRADINHO I
Entre em contato:
Helenice Bastos (61) 99274-8908
Mirna: (61) 99164-2662

 
 

terça-feira, 18 de setembro de 2018

SETEMBRO AMARELO - FALAR É A MELHOR SOLUÇÃO.

 
EXISTE PREVENÇÃO, SIM.
A TEIA - conexões sustentáveis ( tecendo elos, integrando almas) está engajada e promovendo atividades neste movimento.


ESPAÇO COLETIVO - Vem vindo a vida (Terapia Comunitária em Lagoa Seca) - ROLANDO LAZARTE

Vem vindo a vida (Terapia Comunitária em Lagoa Seca)

Por em 21/07/2012
 
Há umas experiências, umas vivências, que eu gosto de guardar o mais rápido possível. Isto é, como diziam Ray Bradbury e Julio Cortázar, escrever o mais rápidamente possível.
 
Estou me referindo aos dias passados em Lagoa Seca, na formação em Terapia Comunitária do grupo de estudantes de enfermagem em saúde mental comunitária, e outros participantes de outros municípios.

Ontem lembrava, ou foi hoje de manhã, não sei, de algumas vistas desde o alto do Centro Marista de Eventos, onde foi realizada a atividade. Os muros marcados de tempo, as escadas apontando para o mais alto. Tudo parecia um símbolo, ou parece agora, na retrospectiva da memória.

As conversas com cada um dos participantes, a maioria jovens.

O que cada um, cada uma, deixou em mim. Ontem à tarde, já de volta em João Pessoa, vira as fotos do encontro na pizzaria de Campina Grande, e não pude deixar de sentir uma forte emoção. Lembrei do primeiro dia, na verdade, do encontro na primeira noite, no salão de mosaicos desenhados, que chamavam poderosamente a minha atenção. Cada um, cada uma, dizendo algo de si.

O que foi que lhe trouxe aqui.

As tardes passadas no quarto, a escrever. Ou na salinha ao lado da sala do curso, também a escrever, a perpetuar sonhos, conexões, tecendo redes.

Agora já é o primeiro dia depois desta vivência tão intensa, onde me senti tão acolhido. Como estrangeiro, como argentino com já tantos anos de Brasil, no entanto, alguma coisa na gente falta embaixo dos pés.

Não vim ao Brasil por outra necessidade a não ser a de viver. Tanta gente vinha para São Paulo pelo mesmo motivo, naqueles anos. Fugindo da seca no Nordeste. Eu fugia da morte que assolava a vida dos argentinos, a mercê dos mercenários do exército e das classes dominantes.

Uma história que deixou marcas. Todas as histórias deixam marcas.

E naquela noite, nessa primeira noite na roda em que começamos a nos conhecer melhor, pude falar algo desta minha vinda ao Brasil naqueles anos. Outras e outros contaram as suas histórias, e aos poucos foi se criando um clima de acolhimento, de pertencimento.

Hoje já voltei da praia com a minha esposa e companheira, Maria, com quem pude ir resignificando a minha vinda ao Brasil, o fato de eu ter recebido tanto amor do lado de cá da fronteira.
A gente vai vendo a sua história, vai se soltando de nós que ficaram amarrados no passado. Culpas, raivas. Vai ganhando outro sentido estar vivo, estar aqui.

Eu estou convencido, porque a experiência tem me mostrado, que a Terapia Comunitária é uma ferramenta chave para a libertação das pessoas.

A pessoa ganha fôlego, pode ver uma perspectiva de reconstrução da sua existência. Não mais está condenada por algo que aconteceu ou acontece.


As perguntas que aprendemos a nos fazer a nós mesmos, vão abrindo um espaço dentro de nós. Cada uma das pessoas que vi nestes dias, e com quem partilhei de alguns momentos, deixou algo em mim. Algo bom. Uma esperança, alguma coisa de muito boa e positiva.

Ter podido participar desta formação, foi uma coisa muito boa para mim, e estou muito agradecido a todos e todas que dela participaram.


E especialmente agradecido a Adalberto Barreto, que criou esta metodologia de libertação da pessoa humana e de construção de uma sociedade mais justa e fraterna, com respeito às diferenças.

Uma aposta total na vida. Sei que virão outras lembranças, mas quero partilhar logo as que estão chegando, as que estão mais vivas, esperando que outros e outras me façam chegar também as suas.


Rolando Lazarte, sociólogo, terapeuta comunitário, escritor. Primeiro Diretor de Comunicação Social da ABRATECOM-Associação Brasileira de Terapia Comunitária. Membro do MISC-PB. Acesse os blogs http://rolandolazarte.blogspot.com/ e http://rolandolazarterapeutacomunitario.blogspot.com

ESPAÇO COLETIVO - A Terapia Comunitária Integrativa e o sentido da vida - ROLANDO LAZARTE


A Terapia Comunitária Integrativa e o sentido da vida
Por em 12/01/2013

Hoje de manhã, me ocorreu de pensar sobre o símbolo da Terapia Comunitária Integrativa, a teia de aranha. Ocorreu-me que esta teia são, por um lado, os vínculos, os laços que nos unem a outras pessoas, que nos dão um sentido de pertencimento a um coletivo, a uma comunidade, à humanidade.
Por outro lado, são também –o que está estreitamente ligado ao anterior—os laços que nos unem à nossa cultura, ao nosso povo, à nossa história pessoal e coletiva, aos nossos valores e crenças, às esperanças que nos movem cada dia, todo dia, de um dia para outro, ao longo do tempo, desde que começou a nossa existência.
Assim, este símbolo é muito forte. Ele nos remete a um sentido de unidade, de pertencimento, de comunidade. Esta teia nos une com pessoas que estão ou não em contato direto conosco, cara a cara.
São também os nossos antepassados, as nossas raízes familiares e grupais, que afundam profundamente no tempo e na terra. Nos dão uma sensação de perecibilidade, também, mas uma perecibilidade integrada ao ciclo da vida.
Na teia da vida, na Teia da Terapia Comunitária Integrativa, tudo vem fazer sentido, até a morte, que na nossa cultura ocidental é como que algo do qual não se deve falar.
A morte, a dor, as desavenças, as perdas de todo tipo, vem fazer sentido na teia da terapia. Porque não mais estamos sós, não mais nos sentimos desgarrados, isolados.
Tem-se reconstituído em nós, vem- se reconstituindo constantemente, continuamente, uma sensação tão forte como a teia da aranha. A sensação de sermos parte, de formarmos parte do contínuo da vida.
Uma vida que começa com a nascença mas que não termina com a morte corporal, uma vez que tudo se integra e se reintegra constantemente em novas vidas, assim como a nossa vida pessoal é uma continuidade de vidas anteriores que em nós pervivem.
Rolando Lazarte, sociólogo, terapeuta comunitário, escritor. Membro do MISC-PB/Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba, e do GEPSMEC-Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental Comunitária da UFPB. Acesse os blogs http://rolandolazarte.blogspot.com/ e http://rolandolazarterapeutacomunitario.blogspot.com

ESPAÇO COLETIVO - ROLANDO LAZARTE - Na Terapia Comunitária Integrativa, a pessoa é levada a se fazer algumas perguntas que abrem espaço para o seu desenvolvimento interior.


Perguntas para o desenvolvimento da pessoa humana

Por em 07/01/2013

 
O que o que estou fazendo tem a ver com a minha história de vida? Como se encaixa na minha trajetória existencial? Quando fazemos esta pergunta, estamos a tentar juntar passado e presente, desconectar a repetição mecânica, sem sentido, de atos. A abordagem barretiana (1) possui um sem número de perguntas desta ordem, em que o que interessa não é tanto a resposta ou as respostas que se possa dar, e sim o espaço criado pela pergunta. A pergunta me descola do mecanicismo, da ação vazia, oca, sem sentido.
Você somente tem sofrido, ou tem crescido com os seus sofrimentos? Todos sofremos, mas as nossas dores podem servir para um crescimento. Isto não é uma tarefa especulativa, meramente mental, intelectual. Eu posso ter sofrido perdas, dores imensas na minha vida, e ter-me colado, por assim dizer, a elas, como vítima, como apenas alguém que sofre ou sofreu. Posso olhar para o que ganhei, o que ganho, o que estou ganhando graças a estas dores que tive ou tenho. Não é um culto ao masoquismo, e sim o contrário. É aprendermos a crescer com o que nos faz ou nos fez sofrer. Estas reflexões não são banais, mas libertam. Por serem simples, tem um efeito enorme e imediato, muitas vezes. Podemos ir construindo uma vida mais feliz, a través de perguntas que nos libertam do passado, da culpa, da auto-punição tão comum na nossa cultura.
Estas perguntas mobilizam a sabedoria interior da pessoa, a sua resiliência, o que cada um ou cada uma aprendeu na sua vida. Quebra-se a vitimização, abre-se um espaço para a felicidade, para o novo, para o “eu posso”.
Escrevo estas coisas, e alguma tristeza muito grande se faz presente. Tento pensar no que aprendi com aquela dor. Tenho feito este exercício vezes sem conta desde que comecei a tentar me livrar da posição de vítima. A cultura dominante faz com que o homem reprima o seu choro. Mas é bom chorar. Como não chorar, diante de tantas aberrações que nos tocou viver? Poderemos depois rir delas se primeiro chorarmos. Não estou escrevendo um texto técnico, isento, não acredito nesse tipo de coisa. Esta tarde, ao escrever estas coisas, vem uma antiga tristeza, ou muitas. Dores antigas se fazem presentes. É como uma escadinha, uma se engancha com a outra e começa a chover. O choro é interno, e vem o choro externo. Por que perguntar a alguém por que chora? Não é melhor chorar? A pergunta leva a intenção de parar o choro. O choro detido, reprimido, é um bloqueio.
O choro não é um ato intelectual, por isso, embora tenha razões, não precisa delas. Pode chorar, mesmo, é muito bom. Hoje veio a tristeza por coisas que ocorreram em tempos em que eu era estudante de sociologia em Mendoza, na Argentina. Hoje me via escrevendo, como naqueles tempos, e veio o choro. Não tem como não chorar ao lembrar de horrores e abominações. Mas hoje vejo que essas dores do passado tem uma relação simétrica com uma plenitude do presente. Como se uma coisa levasse a outra. Não sei se é assim, mas aprendi a tentar buscar uma vitória nas derrotas, uma alegria nas tristezas. Creio que isto ocorre com todo mundo.
Passei anos me punindo por ter sobrevivido, por não ter morrido durante a ditadura argentina. Hoje lembro daquilo, aquilo volta à memória, mas de outra forma. Soube de pessoas que passaram por dores inimagináveis para mim. Quando a minha dor e as dores das pessoas em volta se encontram, surge a empatia. Já não estou só. Juntos podemos crescer. Cresci e seguirei crescendo, como todo mundo cresce. Com as dores, e com a capacidade coletiva que temos, como seres humanos, de nos espelharmos uns nos outros e irmos construindo coletivamente, caminhos de amor, de justiça e de paz. A vida ganhou um valor incomensurável.
(1) Adalberto Barreto, criador da Terapia Comunitária Integrativa.
 
Rolando Lazarte, sociólogo, terapeuta comunitário, escritor. Membro do MISC-PB/Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba, e do GEPSMEC-Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental Comunitária da UFPB. Acesse os blogs http://rolandolazarte.blogspot.com/ e http://rolandolazarterapeutacomunitario.blogspot.com

ESPAÇO COLETIVO - ROLANDO LAZARTE - Na Terapia Comunitária Integrativa, a pessoa tem a possibilidade de voltar a ser quem ela é.

A Terapia Comunitária Integrativa como modo de vida

 
Muitas vezes tenho refletido acerca de como a nossa vida muda a partir do momento em que ingressamos na Terapia Comunitária Integrativa. Não se trata apenas do fato de que estamos a aprender algo novo, o que, de fato, acontece. É que a gente volta a ser quem a gente é, e isto é um fato transcendental. A pessoa volta a ser quem ela é, e isto é um processo objetivo tanto quanto subjetivo.
Aos poucos, teu ser, que se tinha alienado em papéis sociais que te alienavam, que faziam de você uma coisa, uma máquina de cumprir obrigações, volta a ser o mesmo ser que sempre tinhas sido, mas que estava encoberto, oprimido, negado, pela la capa externa que ia te asfixiando aos poucos.
Este regresso de de si para si mesmo, este retorno da pessoa para o que ela é, tem o valor de um novo nascimiento, e isto é o que eu venho experimentando, tanto em mim mesmo como nas outras pessoas, com as quais venho participando de rodas de Terapia Comunitaria Integrativa, encontros de formadores, cursos de formação, intervisões.
Quando se avalia, como já tem sido avaliado, o impacto da Terapia Comunitária Integrativa na vida das pessoas, o ítem número um é o empoderamento pessoal. De novo, a pessoa sente que pode, se da conta de que ela é capaz. Se descobre parte ativa em una rede de relações, no processo histórico da sua vida, e da vida da sua família, do seu país, da sua região, do mundo em que vivemos.
Várias pesquisas tem confirmado este fato de capital importancia, da redescoberta do proprio ser, do ser autêntico, a través da Terapia Comunitaria Integrativa como modo de vida, como forma de se ver a sí próprios e aos demais, como forma de encarar a vida de todo dia, com uma nova relação de afecto por si mesmo e pelos demais, com uma nova esperança e uma nova forma de pensar e de sentir.
Por isso é que se pode dizer, como dissemos, qué mais do que una maneira de fazer, a Terapia Comunitária Integrativa é um modo de ser.
 
Rolando Lazarte, sociólogo, terapeuta comunitário, escritor. Membro do MISC-PB/Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba, e do GEPSMEC-Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental Comunitária da UFPB. Acesse os blogs http://rolandolazarte.blogspot.com/ e http://rolandolazarterapeutacomunitario.blogspot.com

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Contribuições da terapia comunitária integrativa para usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): do isolamento à sociabilidade libertadora


Contribuições da terapia comunitária integrativa para usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): do isolamento à sociabilidade libertadora.

AUTORES: Mariana Albernaz Pinheiro de CarvalhoI,II; Maria Djair DiasI; Francisco Arnoldo Nunes de MirandaIII; Maria de Oliveira Ferreira FilhaI
IPrograma de Pós-graduação em Enfermagem, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Brasil 
IIFaculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, Brasil 
IIICentro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Lagoa Nova, Brasil
RESUMO
O objetivo deste estudo foi analisar as contribuições da terapia comunitária integrativa considerando as mudanças de comportamentos de usuários de um Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Trata-se de uma pesquisa compreensivo-interpretativa de abordagem qualitativa, onde se utilizou a história oral temática. O cenário da investigação foi o CAPS Caminhar, localizado na cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil. O material empírico foi produzido a partir de entrevistas realizadas com seis colaboradores, e o produto desse material foi discutido com base na análise temática proposta por Minayo, que subsidiou a construção de dois grandes eixos temáticos: A terapia comunitária integrativa como práxis libertadora e mudanças que fazem a diferença. As histórias dos colaboradores revelaram que ocorreram mudanças significativas nos campos pessoal, profissional e comunitário, a partir da inserção deles nas rodas de terapia comunitária integrativa, pois se verificou que tal estratégia promoveu a recuperação dos processos de socialização natural que constituem a vida humana. Ficou claro que o uso da terapia comunitária integrativa está relacionado a propostas de inclusão e reabilitação psicossocial de seus participantes.
Relações Familiares; Apoio Social; Serviços de Saúde Mental
 
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Terapia comunitária: Uma metodologia inovadora na Atenção Primária em Saúde no Brasil

 O artigo relata a experiência da Terapia Comunitária Integrativa (TCI) no Centro de Saúde de Belo Horizonte - MG
 
Terapia comunitária: Uma metodologia inovadora na Atenção Primária em Saúde no Brasil

Autores: Maria Teresinha de Oliveira Fernandes,1 Ana Luiza de Aquino,2 Graziela da Costa Santos,2Sônia Maria Soares,2 Luciano Carneiro de Lima1(1) Secretaría Municipal de Salud de Belo Horizonte. (2) Escuela de Enfermería, Universidad Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte (Minas Gerais), Brasil
 
  
Resumo
Objetiva-se descrever a roda de terapia comunitária como metodologia facilitadora para o enfrentamento de demandas e sofrimentos psicossociais na Atenção Primária em Saúde. Estudo exploratório e descritivo, que caracterizou o perfil dos participantes e analisou as rodas de terapia numa Unidade Básica de Saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu por meio de observação participante e registro de 63 rodas, respeitando-se os aspectos éticos. Na prática a terapia comunitária tem seus pressupostos e regras que organizam o trabalho no grupo. Foi possível refletir sobre a precariedade do trabalho em saúde, despertar para investigação epidemiológica de grupos sociais, trabalho humanizado com ações orientadas para espaços de escuta priorizando a pessoa além do cuidado em saúde e auto-estima. Possibilita ao profissional apreender a linguagem do povo e cultura. A terapia comunitária se apresenta como uma metodologia facilitadora para profissional de saúde e grupos sociais para o enfrentamento das tensões, temores, fantasias, frustrações, preconceitos que permeiam as relações interpessoais e provocam sofrimento.
Palavras chave: Desenvolvimento da comunidade/ Comunidades vulneráveis/ Estrutura de Grupo/ Métodos Terapêuticos.
 
 
 
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Anais do IV Congresso Brasileiro e I Encontro Internacional de Terapia Comunitária





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O SUS E A TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA

 

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https://issuu.com/abratecomterapiacomunitaria/docs/livrossustc
 

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

A TEIA DA TERRA por Mirna Almeida da Silva


A TEIA DA TERRA

“Não temos cuidado. Somos cuidado.

Isto significa que o cuidado possui uma dimensão ontológica

que entra na constituição do ser humano.”

Leonardo Boff

            Todos nós fazemos parte de macros e microssistemas simultaneamente. Fomos gerados dentro de uma relação interpessoal, entre, no mínimo, um homem e uma mulher, ou das partes deles que os representam. Nascemos dentro de um sistema representado pela nossa família ou pela falta dela. E ao crescermos transitamos em outros tantos novos e diversos sistemas. A vida humana é sistêmica, não há como pensá-la fora disso.

            Da necessidade de interação entre os seres surge o que chamamos de comunicação. Desde os tempos mais remotos da humanidade, quando ainda não havia linguagem verbal, ainda assim, os serem humanos encontravam formas de se comunicar uns com os outros. Nos comunicamos nas mais diversas formas, algumas mais exploradas ou conhecidas que outras. E nos comunicamos conosco também, seja pelos nossos pensamentos ou pela forma como cuidamos do nosso corpo.

            No desenrolar das nossas aventuras terrenas nem sempre conseguimos manter o equilíbrio. Muitas vezes caímos, tropeçamos ou entramos num buraco e algumas vezes pode até parecer muito difícil ou impossível sair dele. No entanto, temos em nós, humanos, a capacidade de sermos resilientes, embora para alguns isso seja um tanto mais fácil ou natural que para outros. A resiliência é como bambuzal em meio à ventania, os troncos envergam tanto que parecem que vão ao chão, mas quando volta a soprar uma brisa suave eles se firmam de pé novamente. É interessante notar que um bambu sozinho está mais suscetível aos movimentos bruscos dos vendavais. Num bambuzal com muito troncos, uns protegem aos outros.

            Sempre é possível aprendermos com nossas experiências. Não há conhecimento sem prática e não há dor da qual não se possa extrair uma bela aprendizagem. Somos seres em construção, incompletos, que nos moldamos e mudamos a cada dia. Não estamos aqui para julgar as competências ou inabilidades dos outros, mas para aprender com eles a sermos melhores. Estamos aqui para auxiliarmos um ao outro nesse processo contínuo de crescimento.

            Todos nós fazemos parte de um todo. E todos nós, ao nascermos, trazemos conosco algumas heranças. Trazemos heranças dos nossos antepassados diretos, nossos pais, avós, bisavós, tataravós – conhecidos ou não – que nos transmitiram não apenas nossos genes, mas também tendências a certos comportamentos. Cabe a nós olhar para essas heranças, honrarmos aqueles que nos transmitiram e decidir o que fazer com elas.

            Também herdamos a cultura do lugar onde nascemos, nos criamos, por onde passamos. O Brasil, por exemplo, foi feito de uma grande mistura de culturas que precisam ser reconhecidas. Temos raízes indígenas, africanas e europeias, isso é um fato que não podemos negar nem silenciar. É preciso conhecer e respeitar. Todos nós que nascemos ou estamos aqui no Brasil fazemos parte deste sistema.

            Não vivemos isolados no mundo. Os seres humanos, são seres sociais, são sujeitos históricos e políticos que constroem a humanidade do futuro. E esse mundo é construído dia a dia, nós já vivemos nele, aqui e agora, no presente. Construímos nossas relações a cada instante. Fazemos parte do sistema e de dentro dele podemos curá-lo ou adoecê-lo a cada gesto, a cada pensamento. Podemos aprender e ensinar, podemos perguntar ao invés de julgar e de afirmar. Podemos ser autênticos e somar com nossos talentos e potencialidades. Podemos aprender uns com os outros a nos comunicar melhor, a sermos mais resilientes, a nos apoiarmos nos momentos de fragilidade, de sofrimento, de dor. Podemos celebrar a vida a cada instante. Podemos dançar, cantar, brincar, podemos contar piadas respeitosas, podemos contar histórias, fábulas, parábolas, podemos rir e nos alegrarmos juntos, reavivando a nossa cultura e a dos nossos ancestrais.

            Mas não podemos nos esquecer de que fazemos parte de macros e microssistemas simultaneamente. Não vivemos sós. Estamos o tempo inteiro nos comunicando uns com os outros. Interagimos com os outros assim como os outros interagem conosco. E eu proponho uma interação mais harmoniosa entre os seres, uma interação mais cuidadosa, para o meu bem e o bem dos meus sistemas, e o bem dos outros sistemas, dos quais eu não faço parte, também.

            Que tal ouvirmos com respeito e atenção enquanto os outros falam? Que tal ao silenciarmos para ouvir os outros aproveitarmos para também ouvir a nós mesmos e aos nossos pensamentos? Que tal não julgarmos os outros? Que tal não darmos conselhos, nem sermões aos outros e demonstrarmos assim que os respeitamos e acreditamos que na capacidade deles de resolverem seus problemas?

Eu sou senhora da minha vida. Eu sou doutora da minha experiência. Eu tenho autoridade – idade da autoria, como costuma dizer uma amiga – para falar sobre minhas experiências, minhas dores, meus sofrimentos, minhas alegrias, minhas conquistas, minhas estratégias de superação dos meus problemas. Eu não preciso perder-me na terceira pessoa do plural. Eu posso ser plural, mas eu também sou singular, eu sou a primeira pessoa que fala, com autoridade, em meu nome, por mim. E assim como eu me aproprio de mim mesma sugiro que vocês também o façam.

Eu quero agora lhes perguntar em que mundo nós queremos viver? Que mundo queremos construir? Queremos um mundo com mais paz? Queremos um mundo com mais respeito, mais cuidado, mais amor? Queremos um mundo mais acolhedor? Que pessoas queremos ser? Queremos ser mais conscientes dos nossos talentos e das nossas fragilidades? Queremos ser mais conscientes da nossa história, do contexto em que vivemos, dos nossos sonhos? Queremos ser mais conscientes dos nossos sentimentos e emoções? Queremos ser mais conscientes das nossas dificuldades? Queremos melhorar nossas relações intrapessoais e interpessoais? Queremos ser mais cuidadosos conosco e com os outros?

Nunca é tarde para voltarmos o olhar para nós mesmos, para nossos sistemas, para nossa forma de nos comunicarmos. Nunca é tarde para nos situarmos no contexto em que vivemos, pensarmos sobre nosso papel no mundo, na comunidade. Nunca é tarde para acolhermos nossas crises e aprendermos com elas. Nunca é tarde para honrarmos nossos ancestrais e respeitarmos a nossa cultura e a cultura dos outros. Nunca é tarde para buscarmos apoio e pedirmos ajuda. Nunca é tarde para encontrarmos em nós e nos que nos cercam a força para superarmos nossos obstáculos. Nunca é tarde para sermos resilientes. Nunca é tarde para explorarmos nosso espaço de experiência e vislumbramos novos horizontes de expectativas. Somos seres inacabados, nunca é tarde.

Mirna Almeida da Silva

Historiadora, Terapeuta Comunitária,

Doula e Contadora de Histórias.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

OFICINA de “AUTOCUIDADO e BEM-ESTAR” - técnicas de fortalecimento da autoestima

 
OFICINA de “AUTOCUIDADO e BEM-ESTAR” - técnicas de fortalecimento da autoestima
“Quando desconhecemos o nosso grau de participação nesse processo gerador de infelicidade, nos tornamos adversários de nós mesmos. Um aspecto importante quando se fala em autoestima, passa pela rede relacional familiar e contextual, ou seja, a consciência que se tem de si nasce de uma relação de comunicação com o outro. É dessa relação que nascem dois fundamentais questionamentos: quem sou? Do que sou capaz? Montando desta forma o autoconceito. Outros aspectos também intervêm, contextos anônimos, fragmentados, caracterizados por violência, estereótipos, exclusão social, repressão, preconceito, internalização da miséria. Geramos a “síndrome da pobreza psíquica”, resultado da perda de confiança em si, levando ao isolamento, a uma atitude de fracasso, à autodesvalorização e a dependência. Portanto precisamos conhecer os mecanismos da autoestima para podermos intervir no seu processo, ajudando as pessoas a explorarem o seu potencial para gozarem dos benefícios geradores de felicidade”. A.Barreto

Baseado nisto foi elaborada a Oficina de “Autocuidado e Bem-estar”, onde trabalharemos com o resgate e fortalecimento da autoestima, com o reforço do autoconhecimento, numa perspectiva preventiva.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Favorecer o cuidado consigo mesmo e com os outros levando a diminuição do desgaste físico e mental decorrentes do estresse, tensões cotidianas e ansiedades provocadas pelo trabalho;

- Potencializar a autoestima de pessoas e grupos e/ou grupos institucionais que desejem se harmonizar e melhorar a qualidade de vida e do trabalho;

- Possibilitar aos participantes a valorização do autoconhecimento como recurso de transformação pessoal, profissional e social;

- Harmonizar as equipes de trabalho para a cultura da paz através da cooperação e interajuda;

- Facilitar o relacionamento no trabalho, acolhendo as dificuldades enfrentadas e estimulando as soluções compartilhadas.

A QUEM SE DESTINA?

Quaisquer pessoas interessadas no seu bem-estar. O ato de cuidar requer imaginar, pensar, meditar, prever e programar todas as suas tarefas. Quem se cuida, pode cuidar melhor do outro. Aquele que nunca foi bem cuidado - ou não se cuida, poderá ter maior dificuldade em encontrar a melhor maneira de cuidar do outro.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

• Refletindo os seis pilares da autoestima;
• Vivências psicorporais (CC);
• Grupos de discussão e reflexão.

PROGRAMAÇÃO:

DATA: 25/08 e 26/08-

HORÁRIO:

- SÁBADO: 09:00 às 17:00

- DOMINGO: 09:00 às 12:OO

LOCAL: À DEFINIR

CARGA HORÁRIA: 12h

INVESTIMENTOS: R$ 340,00

- à vista com 10% de desconto

- Dividido em até 2 vezes


CONTATO PARA INSCRIÇÃO:

TEIA – Conexões Sustentáveis: teia.conexoes.sustentaveis@gmail.com

EQUIPE DE FACILITADORES:

- Helenice Bastos: (61) 99274-8908

- Mirna Almeida: (61) 99164-2662




     


terça-feira, 7 de agosto de 2018



T.E.I.A. - CONEXÕES SUSTENTÁVEIS, empresa social, tem como objetivo tecer conexões de apoio para expandir os benefícios sociais, culturais e de saúde da TCI e práticas colaborativas.